Trem da Vida



"Postei este texto num outro blog há algum um tempo atrás, mais queria compartilhar outra vez com todos e principalmente dedicar aos parentes das vitimas que morreram nos desabamentos causados pelas chuvas no meu amado estado Rio de Janeiro"

“Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem”. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo.”

“A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros”. Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível… mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante ele, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles… só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas… porém, jamais, retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei saudades… acredito que sim; me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido; deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram… e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.”
(Autor Desconhecido)

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